sábado, 28 de maio de 2011

Barcelona: nem me pergunte

E daí que faz tempo que esse blog está parado. Mas me deu vontade de escrever alguma coisa sobre Barcelona. No twitter só se fala de outra coisa. Passou jogo do *Barça* na tv. Eu não vi, mas os comentários reacenderam a minha decepção com aquela cidade, na qual Scarlet Joahnsson teve um caso tórrido com Javier Bardem - e ele se tornou um galã - e Penélope Cruz.

Barcelona não é aquela que Vicky e Cristina encontraram, não. Se bem que, lembrando agora, elas passaram poucos dias lá e logo pegaram o aviãzinho do Javier pra outro lugar. Foi quando aconteceu o caso todo. Woody Allen foi esperto. (Eu e a @dai_costa temos quase certeza de ter visto Javier em um restaurante na praia, mas não tivemos coragem de falar com ele. Quem sabe, teríamos fugido de lá também).

Chega de enrolação. Vou adiantar que as minhas impressões sobre Barcelona podem ter sido prejudicas pelo fato de o meu estresse estar no auge quando estive lá. Mas vou escrever mesmo assim.

Logo no primeiro dia, a confusão do metrô. Basicamente, no mundo todo é o meio de transporte mais rápido e eficiente. Não em Barcelona. Os corredores são looongos pra chegar até algumas das plataformas - deixo registrado que eu estava sofrendo horrores com um pé quebrado. Parece que quando rolou as Olimpíadas eles improvisaram e deram um "jeitinho" em tudo.

Tudo é festa. Adolescentes amam o festerê da cidade. Eu que sou praticamente uma senhora me irritei um pouco com isso. Quando saíamos pra passear na cidade, todo mundo dormia. E quando a gente voltava, galera já estava se arrumando pra sair.

Engraçado que Barcelona tem uns lugares lindos, como o Parc Guell e a Sagrada Família - aliás, o que seria da cidade sem Gaudí, hein?. Mas o resto todo estraga. A cidade é suja, as pessoas são mal-educadas e muitos querem ganhar vantagem sobre os turistas. Talvez a gente tenha passado dias demais. Passamos quase uma semana - três dias bastam.

Tive que ir no hospital lá. Vocês não têm ideia do quanto é difícil entender o catalão. Sofri bullying na emergência. Na verdade, foi o que chamam de xenofobia mesmo.

Só consegui passear um dia na cidade. Passei o resto do tempo no hostel sujo, com o pé apoiado em uma mesa. Mas o pouco que vi foi suficiente pra não ter vontade de colocar meus pés lá de novo - sem piadinhas.

Só valeu a pena mesmo por ter visto de perto as obras de Gaudí que são realmente impressionantes. E foi lá que comi a melhor comida, com um preço e atendimento ótimos, de toda a viagem - em um restaurante catalão perto da Sagrada Família (infelizmente não lembro o nome, mas ficava em um calçadão à direita nos fundos da igreja. Tenho quase certeza de que se chama Alkimia).

Todo mundo diz: Barcelona é cidade de artista. Deve ser mesmo. Eu que sou jornalista não consegui enxergar muito de bom, não. Talvez eu não tenha um olhar tão artístico assim.

Sagrada Família - imperdível


Parc Guell - lindo mesmo

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Avaliação dos hostels

Esses dias, @nestorjr_art, que escreve sobre suas aventuras em Lyon no blog 33 Metros Quadrados, mandou um e-mail me perguntando sobre o hostel em que fiquei em Paris e pensei em escrever sobre todos os albergues onde ficamos instaladas. O tempo passou e eu esqueci completamente disso, mas como nunca é tarde e sempre tem alguém viajando resolvi fazer o post de vez.

Lisboa
Rua Andrade Corvo, 46, Centro, Lisboa
Credenciado ao Hostelling International.

Tivemos uma ótima experiência como alberguistas de primeira viagem ao chegarmos neste hostel - na verdade a Ana já havia se hospedado em hostels aqui no Brasil, mas vamos contar como estreia das três uma vez que estávamos fora do País. 
Recepção aberta 24 horas e com opções de quartos para uma, três ou seis pessoas. Não há quartos mistos. Uma das recepcionistas foi extremamente paciente com a gente nos dando informações sobre como se locomover pela cidade, onde almoçar e nos deixando fazer o checking antes do horário previsto (como escrevi aqui). O café da manhã foi o melhor que a gente comeu em toda a Europa! (hahaha). 
Os quartos são limpos, mas não têm ar condicionado. O banheiro é coletivo e não muito limpo, mas tranquilo de usar. 
Tem um barzinho no terceiro andar onde rola uma reggaezeira (passo!), tem mesa de sinuca e puffs salvadores. 
O ruim é que não rola cozinhar lá. A cozinha é fechada e só pode ser usada por funcionários - foi uma novela esquentar uma lasanha no micro-ondas. 
A localização é perfeita. Bem no Centro com estação de metrô na mesma quadra. Além disso, você dá de cara com um mural gigante d'OsGêmeos na esquina, do lado de outro feito por Sam3. 

Avaliação: ****

Lisbon Centre


Madri

Avenida de Los Fueros, 36
Credenciado ao Hotelling International - exige carteirinha.

O hostel fica longe de tudo e tem que andar umas quatro quadras pra chegar na estação de metrô. Mesmo assim, o preço é bom e as instalações são relativamente boas. Os quartos são mistos, com ar condicionado, grandes e divididos por um guarda-roupa. Tem banheiro no quarto, com dois chuveiros. 
A hospedagem dá direito a café-da-manhã. O acesso aos computadores com internet é cobrado, mas o wi-fi é liberado. 
A localização do albergue é em um bairro da periferia de Madri. Legal para ver as casinhas e os prédios de tijolinho à vista.
A cozinha também não é liberada para os alberguistas.

Avaliação: ***

San Fermin - sim, os quartos são escuros mesmo


Barcelona
Nou de La Rambla, 91
Credenciado ao Hotelling International

Se tem um lugar que não recomendo - nem mesmo para os inimigos - é este hostel aí. Lençóis sujos e quarto pequeno e com muita poeira. Um banheiro por andar e o chuveiro é separado da área comum por um box de vidro transparente (?!). Apesar de ter uma galera gente boa cuidando do lugar, é sofrível. A única coisa boa é a localização (embora a nossa rua fosse cheia de casas noturnas não muito confiáveis) que é perto do Bairro Gótico e da praia. 
Engraçado que todas as meninas que entravam no quarto faziam uma cara de pânico como quem pergunta: "o que eu estou fazendo aqui?"
Nós quebramos a máquina de lavar roupas e provavelmente até hoje ninguém consertou - pra ter uma ideia da bagunça.
Fora que a sala de recreação fica o tempo todo com música alta e a tv ligada. 
Tá, e os outros pontos positivos? Você pode usar a cozinha pra fazer o almoço e o jantar, mas entra na fila com 500 pessoas querendo usar o único fogão.

Avaliação: *

Barcelona Sounds - não acredite nas fotos


Paris
Paris Clichy ou Auberge Leo Lagrange
Rue Martre, 107, Clichy
Credenciado ao Hotelling International

A localização não é central, mas fica no caminho de tudo. Fica perto do metrô, então, você consegue atravessar Paris, chegar a Versailles sem problemas - a maior dificuldade é entender o mapa de metrô de Paris.
O albergue é enorme e dividido em quartos para três pessoas. O banheiro é coletivo e os chuveiros têm aquele sistema de torneira que você tem que ficar apertando pra funcionar durante um tempo - horrível (imagine ainda se você tiver com a perna enfaixada até o joelho. É uma prova de paciência e equilíbrio).
A cozinha pode ser usada e tem um barzinho. O café-da-manhã é bem completo, mas o pão duro feito pedra (hahaha).
Nunca desça no terceiro andar. É um universo paralelo assustador.
Tem um senhor na recepção que é super gente boa, ele é a cara do Morgan Freeman e fala inglês (quase uma raridade em Paris). Qualquer problema, fala com ele. 

Avaliação: ***

Clichy



Roma
Via Carlo Cattaneo, 23
Credenciado ao Hotelling International

Localização perfeita, distante cinco minutos a pé da Estação Termini, ou seja, você pode pegar metrô, ônibus, trem, tudo lá.
O hostel é gigante, com quartos privados e coletivos mistos. Foi o albergue mais caro que pagamos e, com certeza, um dos que mais deu dor de cabeça. Como antecipamos nossa chegada à Roma, tivemos que ficar em quartos - mistos - separadas por duas noites. Como era final de viagem, foi bastante irritante.
Tirando uma moça japonesa que fala português (\o/) o pessoal que ficava na portaria era bastante indisposto. Um deles, inclusive, fazia piadas demais. 
Os quartos são gigantes, mas pelo hostel ser enorme é muito fácil entrar quando supostamente deveria estar fechado. Eu mesma entrei no quarto durante o horário de limpeza sem sequer passar pela portaria. Tem câmera e tudo mais. Mesmo assim, mexeram em uma das bolsas da Ana. Foi o único hostel que não nos sentimos muito seguras em deixar nossas coisas.
Fora isso, tem café-da-manhã (bem fraquinho) e pasta no jantar (só coma se não tiver dinheiro algum ou não quiser sair à noite). A carteirinha do Hosteling International dá direito a duas horas de internet grátis.

Avaliação: **

Alessandro Downtown


Dicas:
Reserve o hostel com bastante antecedência, assim haverá mais opções disponíveis.
Nem sempre o mais barato é o ideal. Leve em consideração: localização e opinião dos outros alberguistas.
Faça a carteirinha do Hosteling International para ganhar descontos e vantagens. São poucas, mas valem a pena. 


domingo, 31 de outubro de 2010

Momento drama: o seguro

Para ler ouvindo.

Senta que lá vem história.

Quando você viaja à Europa, é obrigado a contratar um seguro de saúde. É uma das exigências para entrar nos países, mesmo se for a turismo e por menos de 3 meses. Nós contratamos o seguro através da agência de viagens, mas tempos depois descobri que o cartão de crédito já oferecia o serviço.

Pagamos cerca 100 dólares, recebemos uma folha com a cobertura do seguro e só. Viajamos belas e felizes sem nunca imaginar que precisaríamos acioná-lo um dia.

Ledo engano. Eu quebrei o pé e esperei uma semana para contar para minhas amigas que a dor estava insuportável. Meu pé parecia um pão de tão inchado. Antes disso, tínhamos comprado um creme para desinchar, o que não fez diferença nenhuma.

Quando resolvi dizer que não aguentava mais, apavorei a Ana e a Dai. Nós saímos do Bairro Gótico, em Barcelona, à procura de um hospital mais próximo. Enquanto isso, acionei o seguro e o atendente me pediu para esperar 50 minutos que ele retornaria a ligação.

Até lá já estávamos no maior hospital de Barcelona, o Hospital de Santa Creu i Sant Pau - com esse nome, devia ter imaginado. Mal sabia que minha novela estava prestes a começar. Chegando lá, fui atendida em um guichê para estrangeiros e a enfermeira falava inglês (eu não entendia nada do catalão). Ficamos aliviadas, pois ela nos explicou o procedimento e disse que o seguro reembolsaria a consulta depois, pois eles não trabalhavam de outra maneira.

Primeiro susto: a consulta de avaliação - na qual a médica olhou para o meu pé e disse: "vai ter que fazer radiografia" - custava mais de 300 euros. Como a enfermeira me garantiu que haveria reembolso, resolvi arriscar, afinal, a dor era muita e tínhamos mais duas semanas de viagem.

Quando estava na sala de espera, passada cerca de uma hora da minha ligação, o seguro retornou. Informei o que tinha feito e o atendente perguntou se eu já tinha sido atendida. Afirmei que sim. Recebi uma nova ligação de um atendente falando espanhol e perguntando onde eu estava.  Respondi e ele desligou. Tempos depois um colega dele, falando português, ligou novamente minutos para avisar o que eu teria que fazer para o reembolso.

Parecia tudo certo, mas as horas começaram a passar. Resumo: fiquei sete horas na sala de espera para fazer a radiografia. Os enfermeiros não me levavam a sério. Diziam só que um acidente havia acontecido e eu teria que esperar.  Enfim, sete horas se passaram e nada acontecia. Até que implorei para um enfermeiro ver quando seria a minha vez. Ele voltou e disse que esqueceram de mim (parte 5). Fiz a radiografia e fui atendida por duas médicas. Elas só falavam catalão e não entendiam absolutamente nada do que eu dizia. Entendi que meu pé estava com uma luxação. Pediram para que eu deitasse na maca e quando eu menos esperava, uma enfermeira imobilizou a minha perna até o joelho! Fiquei apavorada e feliz ao mesmo tempo, pois finalmente não sentiria mais dor.

No prognóstico havia uma observação de que eu deveria voltar uma semana depois ao médico para ver a minha situação. Os nossos planos eram ir para Paris. Criei aversão à Barcelona e passei dois dias parada no hostel. Só pensava em ir pra França.

Segundo capítulo: o retorno ao médico.
Ainda na Espanha, liguei para o seguro e informei a situação. Eles pediram que eu enviasse por e-mail o prognóstico. Enviei com uma foto minha para provar que eu estava com a perna imobilizada.

Já em Paris recebi a resposta; o seguro não cobriria a reconsulta por não se tratar de uma emergência. Aí, foi uma série de preocupações e transtornos. Liguei vários dias pedindo que reavaliassem o pedido. Ligamos para a agência em Blumenau e recebemos o número da central do seguro em Porto Alegre. A atendente ouviu a história toda e confirmou que o procedimento estava errado. Em minutos recebi uma ligação dizendo que a reconsulta foi aprovada, que eles não tinham entendido direito o caso.


Para saber onde ficava a clínica foi outra novela. O seguro trabalha com centrais espalhadas nos países da Europa. Em cada um deles, o atendente fala a língua de origem. Ou seja, me ligaram falando francês!!!!! Tive que pedir pro atendente brasileiro ligar para a central francesa e anotar o endereço.

Depois disso, estava bem feliz. Fomos ao médico. Entramos as três no consultório. O médico falava inglês uga-buga e só. Receitou um imobilizador para o tornozelo e não pediu radiografia, nem nada. Saindo do consultório, ele me chamou e disse: "you have to pay". E eu que achava que o seguro que eu contratei só fazia operações sem precisar pedir reembolso depois? Tolinha. Lá se foram mais 60 euros.

Fim da novela.
Gastei muito mais do que imaginava. Sai da Europa sem saber que meu pé estava quebrado e usei um imobilizador para o tornozelo desnecessariamente,  foi a parte de cima do meu pé que estava machucada. Além disso, tive que imobilizar a perna novamente durante 30 dias e estou fazendo fisioterapia. Tive que mandar todos os documentos originais para a seguradora e fiquei com cópias assinadas pela gerente da agência de Blumenau. Recebi o reembolso, mas gastei R$ 300 de roaming com as ligações da seguradora - o que não será reembolsado, pois o número que aparece na conta é o meu.

Moral da história:
- Seguro é importante, sim. Sugiro que você faça o do cartão, mas se informe direitinho como  funciona a cobertura e o que eles oferecem; 
- Exija os documentos com todas as cláusulas especificadas para poder cobrar depois. Se puder esperar o retorno do seguro quando acioná-lo, aguarde. Assim você evita pagar a consulta - ou não. É sempre uma surpresa - e ficar sem dinheiro para o resto da viagem;
- Se não entender a língua que o médico fala, exija que um amigo entre com você na consulta ou peça ajuda de alguém na sala de espera - no meu caso, uma velinha fofa assumiu minhas dores e brigou com os enfermeiros por eu ter esperado tanto;
- Guarde todos os gastos médicos que forem receitados nas consultas - receitas, cupons fiscais de remédio, gastos com material de imobilização - para exigir o reembolso depois. Tenha paciência, mas não deixe de acompanhar o andamento do processo, a avaliação demora cerca de 15 dias depois que você enviar os comprovantes para a seguradora;
- Se tiver que enviar os documentos originais para a seguradora, faça com que a sua agência assine todos com a frase "corresponde com o original". Fiz isso sob orientação do advogado. A seguradora não devolve os documentos, por isso, será uma garantia em caso de ter que entrar com uma ação na justiça para exigir o reembolso.

Prometo fazer um post sobre as dificuldades de andar com o pé imobilizado em Barcelona, Paris e Roma. Tive experiências únicas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cuidados com a saúde

Se você vai passar um mês fora de casa, alguns cuidados são importantes, principalmente se você está viajando em países deculturas diferentes. A água é diferente, os alimentos, o ar: tudo. Principalmente os nossos hábitos mudam e, por isso, vale a pena guardar estas dicas.

- De uma coisa me arrependi nesta viagem. Eu esqueci de levar as minhas cápsulas de complexos vitamínicos. Eu senti muita falta de frutas e verduras, mas alguns complementos poderiam suprir essa necessidade. Nas últimas semanas, eu tive muitas câimbras (porque não estava acostumada a andar tanto) e creio que foi um reflexo da falta de vitaminas. Vegetais custam uma fortuna na Europa. Eu cheguei a ver uma banana por 1 euro. Sem falar que o mais perto que chegamos de uma salada foi no McDonalds. A maioria dos restaurantes oferecem seus menus nas portas, o que facilita a pesquisa de preços, mas comida em geral é muito cara.

- Na viagem de volta, sentei do lado de uma médica soteropolitana que reside atualmente em Roma. Ela me contou que na Europa é adicionado cálcio na água (assim como é usado o flúor no Brasil) e que por isso ela é tão alcalina. Resultado: cabelos e pele ressecados. Por isso, condicionador e hidratante são fundamentais.

- Por sorte, na Europa você encontra praticamente as mesmas marcas de shampoos e cremes que existem no Brasil. Mas eu notei que os frascos de hidratantes para pele são gigantes (de 500ml a 1l). Se você não quiser comprar algo gigante, recomendo que leve um creme potente. Não dá pra levar na mala de mão volumes superiores a 100ml, mas se for levar na mala, embrulhe num saco plástico para proteger as roupas de uma possível explosão de creme.

- No final, acabei achando um bom hidratante de 150ml. Mas ao chegar em casa, Carol me alertou para o "italiano macarrônico" da embalagem que indicava MANI = mãos. Paciência, minhas pernas nunca estiveram tão bem hidratadas. 

- Outra coisa: se você não tiver um cabelo de princess como o da Carol (que não precisa de condicionador nem secador) e sim cabelos encaracolados, como o da Dai e meu, use um bom condicionador e creme leave in. Mas aqui vale recomendar que seja levado um na mala de mão (obedecendo a regra dos 100ml dos aeroportos). Você vai passar quase um dia todo viajando e amassando o cabelo e, provavelmente, vai sofrer de jet lag na chegada. Talvez você não crie uma coragem imediata de procurar um supermercado.

- E claro: o bom e velho protetor solar. Eu sugiro que você já leve na mala. Não achei nenhum barato por lá. E você vai precisar muito. Não tem jeito de conhecer tudo sem andar pela cidade. A pele vai ficar exposta e o jeito é se cuidar. Principalmente se for verão, quando o sol se põe bem tarde (em Madrid, era por voltas das 21h40). 

sábado, 16 de outubro de 2010

Lisboa, uma bela surpresa

Não sei o que eu esperava de Portugal. Sei lá, bigodões, Manueis e Joaquins. Pensava no país como o patinho feio da Europa. Mas Lisboa foi uma bela surpresa. Moderna, bonita, simpática, a capital portuguesa arrancou suspiros como ponto de partida de nossa viagem. Sem falar que começar num país de mesma língua facilitou bastante na primeira etapa de nossa odisséia. 



Lisboa é uma gracinha. Construções belíssimas, castelos, museus, sem falar de um ótimo sistema de transporte público integrado. Confesso que achei fantástico e barato o ticket que valia para ônibus, metrô, comboio (bonde elétrico) e barco (que a gente não chegou a usar). 

Estação de Metrô limpa e bem sinalizada

E apesar de tudo que falam mal, os portugueses são simpáticos, receptivos e prestativos. Tirando a má impressão que tivemos do taxista que nos levou do aeroporto para o hostel (que parecia meio nó-cego), fomos muito bem tratadas. 

Outra coisa que nos agradou foi o shopping center, haha. Desculpa, mas a gente é fã de compras e o shopping Vasco da Gama, em frente à Estação Oriental, era demais! E a época era a melhor: final de verão na Europa é sinônimo de grandes liquidações. Tanto que fizemos a festa. Em nosso primeiro dia de viagem, já pisamos na jaca e torramos muitos euros em roupas baratas. 

Shopping Vasco da Gama

Acho que nossa única falha em Lisboa foi deixar de ir nos bairros onde podia-se ouvir fado. Trocamos a tradição por uma visita ao Bairro Alto, lugar de badalação jovem - a qual não estávamos muito habituadas. E também não bebemos vinho português :(. Mas experimentamos algumas cervejas e uma tal de sangria alpina (ui). 

Bairro Alto


Dicas:
- Vá ao Belém, visitar a torre, o mosteiro e comer o pastel de Belém, muito saboroso. É lá que fica o Museu de Arte Moderna, com exposições muito bacanas. 



- Conheça o Castelo São Jorge, que fica no alto da cidade permitindo uma vista maravilhosa.



- Dê uma volta a pé pelo centro de Lisboa - belas construções e paisagens (leve sempre um mapa). 



- O oceanário também é uma boa pedida. Muito educativo e bonito :)


terça-feira, 12 de outubro de 2010

O melhor cenário, a melhor trilha


Vi esse filme quando estava na faculdade. Assisti a primeira vez sozinha e depois fui rever com os amigos. E só posso dizer uma coisa: conheci uma Paris apaixonante e colorida através de "O fabuloso destino de Amélie Poulain". E claro, durante nossa viagem, não podíamos deixar de conhecer os lugares que apareceram no filme. Não fiz como o menino desse site que visitou quase tudo, mas fui nas principais locações :)


É claro que visitamos o fofíssimo Deux Moulin, onde a Amélie trabalhava. O lugar é super charmoso, divertido, cheio de turistas aficcionados e com um happy hour animado. Fora que ele fica na rua Lepic, que leva à parte mais bonita do Montmartre.


E pra agradar a freguesia, o bar manteve várias referências ao filme, inclusive uma decoração básica no banheiro!


Recomendo o filme (com a maravilhosa trilha sonora de Yann Tiersen), recomendo o Deux Moulin e recomendo Paris!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Episódio de hoje: Meu pé, meu querido pé

Antes de ler, aperta o play:



Há muitos mistérios na Terra. Alguns não devem ser descobertos - como onde diabos (quem usa essa expressão a não ser em filmes dublados?) ficam aquelas moedas que o Tom Hanks segue no Código da Vinci até o Louvre? Para outros, pode-se criar uma teoria que os explique.

O mistério que tentarei revelar aqui é: Como quebrei meu pé durante a viagem? Neste episódio, você conhecerá hipóteses levantadas por especialistas, agentes do FBI, fofoqueiros, especuladores entre outros...
Vamos a elas!

Hipótese Lisboa: Tropecei a caminho da Torre de Belém. Lá estava eu feliz e saltitante no primeiro monumento que visitamos, no segundo dia de viagem. Conversava com os cabelos esvoaçantes olhando para a Dai, que estava logo atrás de mim, quando bati com o pé em uma parada de cimento e cai em cima da Ana.

Hipótese Madri: Cai da mureta do Monumento a Alfonso XXI no Parque del Retiro e, ao ser resgatada por um barquinho, prendi o pé em um pedaço de árvore que estava no fundo do lago.

Hipótese Barcelona. Já foi no Park Güell? Quando for, você vai perceber como é fácil quebrar o pé lá. Mas tem a hipótese da Ana: Cai do trapiche.

Hipótese Paris: Quem quebra um pé em Paris, né? Mas se for quebrar, tenho certeza que vai ser na Estação de Austerlitz - ou na incrível troca de plataforma a la James Bond, que consiste no fato de você entrar no metrô por uma porta e sair por outra na mesma estação em segundos.

Hipótese Milão: Correndo para trocar de trem em 5 minutos enquanto um italiano grita: "Chico, Chico!!!! Parla spagnol?" tentando "ajudá-la" a descobrir o trem já foi.

Hipótese Roma: Taí outra cidade fácil de quebrar o pé. Tem mais de uma hipótese: 1. No auge da pobreza, tentei ganhar uns euros como artista de rua, mas acabei tropeçando na sandália de gladiador. 2. Um pedaço do Coliseu caiu no meu pé. 3. Ao subir o Monte Palatino tropecei e rolei morro abaixo.

E aí, qual a opção correta, caro leitor?

Aqui, como garota-propaganda da H&M em Paris


Obs: Quando você machuca o pé em um país estrangeiro e fica hospedada em hostel, aprende a contar pra todo mundo o que aconteceu em inglês e portunhol. É um exercício de comunicação. #ficaadica